SELF-PERCEIVED MALOCCLUSION OF NON-ORTHODONTIC PATIENTS AFFECTS ORAL HEALTH-RELATED QUALITY OF LIFE?
DOI:
https://doi.org/10.29327/24816.3.3-5Palavras-chave:
Quality of life; Malocclusion; Orthodontics; Self concept; AestheticsResumo
Objetivo: Este estudo transversal teve como objetivo avaliar o impacto da má oclusão autopercebida na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (OHRQoL) e também avaliar se a autoavaliação estética é semelhante à avaliação profissional. Métodos: Foram avaliados 63 adultos com idades entre 18 e 36 anos (28,68 ± 4,99), 42 mulheres e 21 homens, sem histórico de tratamento ortodôntico. A OHRQoL foi avaliada utilizando a versão brasileira do questionário Oral Health Impact Profile (OHIP-14). A percepção da má oclusão foi avaliada utilizando-se o componente estético do Índice de Complexidade, Resultado e Necessidade (ICON) e o nível socioeconômico foi avaliado com os Critérios de Classificação Econômica
do Brasil. A análise estatística foi realizada pelo teste de Mann-Whitney, correlações de Spearman e teste de Wilcoxon, com p<0,05. Resultados: A pontuação média geral e desvio padrão para o OHIP-14 foi de 5,17 (±6,50). Houve fraca correlação entre o componente estético percebido pelos participantes e a avaliação de sua OHRQoL. Apenas os domínios psicológicos (desconforto psicológico e incapacidade psicológica) apresentaram correlações significativas, porém pobres. O sexo e o nível socioeconômico não afetaram a percepção estética da má oclusão e a OHRQoL. Houve diferença significativa entre as avaliações profissionais e dos participantes. Conclusão: Correlações fracas e significativas entre a má-oclusão autopercebida e a OHRQoL foram encontradas em participantes que não procuravam tratamento ortodôntico, onde os maiores impactos foram observados nos domínios desconforto psicológico e incapacidade psicológica. A má-oclusão estética percebida pelos participantes foi significativamente menos relevante do que a avaliação profissional este grupo estudado.