MEDO DE COVID-19 E FATORES ASSOCIADOS AO POSSÍVEL BRUXISMO DO SONO E/OU EM VIGÍLIA ENTRE UNIVERSITÁRIOS DA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL DURANTE A PANDEMIA COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.29327/244963.6.2-5Palavras-chave:
Bruxismo, Medo, Ansiedade, COVID-19, CoronavírusResumo
Introdução: O possível bruxismo é um comportamento autorrelatado, caracterizado pelo ranger e/ou apertar dos dentes, estando associado a fatores psicológicos. A pandemia da COVID-19 tem afetado o emocional das pessoas, podendo ser associada a este comportamento. Objetivo: Analisar a associação entre o nível de medo da COVID-19, assim como outros fatores associados à prevalência de possível bruxismo entre universitários. Materiais e métodos: Participaram deste estudo transversal 311 universitários de graduação e pós-graduação de faculdades odontológicas públicas e privadas da região sudeste do Brasil. Os participantes foram contatados via WhatsApp e redes sociais através de amostragem em bola de neve para responder um questionário com avaliação sociodemográfica, presença, frequência e severidade de possível
bruxismo do sono (PBS) e/ou em vigília (PBV) e a versão brasileira da fear scale of COVID-19. Análises descritivas e bivariadas foram realizadas através dos testes estatísticos de Mann-Whitney e Kruskall-Wallis (p<0,05). Resultados: A prevalência de PBS grave foi de 12,5% e PBV 23,8%. Não houve associação entre escores de medo COVID-19 nem com PBS (p=0,342) nem com PBV (p=0,912). Quando analisado o PBV, observou-se maior prevalência dentre os participantes que não trabalhavam (p=0,008), sendo maior percentual entre os universitários na segunda metade do curso (p=0,021) e, dentre os participantes da pós-graduação, o bruxismo foi mais prevalente entre alunos matriculados em programas stricto sensu comparados àqueles de programas lato sensu (p=0,036). Conclusão: Estar fora do mercado de trabalho, a fase final da graduação e a inserção em uma pós-graduação stricto sensu influenciaram na prevalência de PBV.