INFLUÊNCIA DE FATORES SOCIOECONÔMICOS NA PRÁTICA DE HIGIENE BUCAL DE BEBÊS NA FASE EDÊNTULA: UM ESTUDO TRANSVERSAL
DOI:
https://doi.org/10.29327/244963.8.3-7Resumo
Introdução: estudos sugerem que o início da higiene bucal do bebê seja
concomitante à irrupção do primeiro dente decíduo (PDD). Todavia, ainda são
encontrados conteúdos desatualizados sobre o assunto. Objetivo: objetivou-se
associar o início da higiene bucal do bebê na fase edêntula a fatores
socioeconômicos. A origem da orientação sobre higiene bucal também foi
investigada. Materiais e Métodos: mães (n=289) de bebês aos 3 meses foram
entrevistadas durante anamnese por examinadores treinados. Coletaram-se dados
sociodemográficos, renda familiar, escolaridade (anos de estudo) da mãe, de
higiene bucal antes da irrupção do PDD, quem orientou e como realizava a
higiene bucal dos bebês. Análises descritivas e inferenciais (teste do X2) foram
conduzidas. Resultados: constatou-se que 149 (51,6%) bebês são meninas e 146
(50,5%) são pardos. A maioria das mães possui até 12 anos de estudo (n=214;
74%), com renda entre 1 e 5 salários-mínimos (n=244; 89,1%). A idade média da
mãe no parto foi de 29,3±6,8 anos e a higiene bucal antes da irrupção do PDD era
realizada na maioria dos bebês (n=135; 59,7%), feita com fralda/gaze/paninho
em 131 deles. Das 135 mães que faziam a higiene bucal, 77 (57,03%) receberam
orientação de pessoas leigas e a maioria possuía menor nível de escolaridade
(p=0,001). A renda familiar não influenciou na prática de higiene adotada (p=0,799).
Conclusão: mães com menor nível de escolaridade iniciaram a higiene bucal de
seus bebês antes da irrupção do PDD, cuja orientação foi dada por pessoas
leigas, e que a renda não exerceu influência nessa prática.
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