DIAGNÓSTICO E MANEJO DE CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS SINONASAL NÃO QUERATINIZANTE: RELATO DE CASO

Autores

  • Ana Carolina de Paiva Santos Departamento de Patologia e Diagnóstico Oral, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Jéssica Vogel Departamento de Patologia e Diagnóstico Oral, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Clara Herrera Freire Departamento de Patologia e Diagnóstico Oral, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Maria Augusta Visconti Departamento de Patologia e Diagnóstico Oral, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Bruno Augusto Benevenuto de Andrade Departamento de Patologia e Diagnóstico Oral, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Jefferson da Rocha Tenório Departamento de Patologia e Diagnóstico Oral, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.29327/244963.8.2-8

Palavras-chave:

carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço, neoplasias de cabeça e pescoço, medicina oral

Resumo

Introdução: o carcinoma de células escamosas (CCE) é uma neoplasia maligna que pode afetar as estruturas sinonasais e se estender para a cavidade oral. Objetivo: relatar o processo de diagnóstico de um CCE sinonasal, o qual cursou com envolvimento oral. Relato do caso: um homem de 61 anos procurou atendimento odontológico com um aumento de volume doloroso em palato duro, rebordo alveolar anterior superior e dorso nasal esquerdo, com a evolução de aproximadamente 2 meses. Sua queixa inicial era congestão nasal. A tomografia computadorizada  demonstrou uma lesão ampla e extensa com destruição de cortical vestibular e palatina, além de envolvimento sinonasal. Com a hipótese diagnóstica de neoplasia sinonasal, uma biópsia incisional foi realizada. Resultado: microscopicamente, observou-se células epiteliais neoplásicas que se organizavam em ninhos e cordões invadindo o tecido conjuntivo adjacente que apresentavam individualmente pleomorfismo nuclear e celular, nucléolo evidentes e hipercromasia nuclear. Áreas de necrose central também eram notadas. Com base nas características clínicas, imagenológicas e histopatológicas, o diagnóstico final foi de CCE sinonasal não queratinizante. O tumor foi estadiado pela equipe médica como T3N0M0 (T3 = tamanho do tumor > 2cm com invasão de ossos faciais, sem evidência de metástase nodal N=0 ou à distância M=0). O paciente foi tratado com quimioterapia (Cisplatina e Gencitabina) e 70Gy de radioterapia de indução como terapia inicial e posterior ressecção cirúrgica.  Conclusão: a avaliação clínica, imagenológica e exame histopatológico permitiram o diagnóstico eficaz do CCE sinonasal não queratinizante.

Downloads

Publicado

2023-08-31

Edição

Seção

Relato de Caso