FATORES COMPORTAMENTAIS E SOCIOECONÔMICOS SÃO FORTES PREDITORES DE CÁRIE DENTÁRIA EM PRÉ- ESCOLARES: UM ESTUDO TRANSVERSAL

Autores

  • Ana Lucia Vollú Departamento de Odontopediatria e Orotodontia, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Julia Bragança Departamento de Odontopediatria e Orotodontia, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Gabriela Fernandes Rodrigues Departamento de Odontopediatria e Orotodontia, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Fernanda Barja-Fidalgo Departamento de Odontopediatria e Orotodontia, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Andréa Fonseca-Gonçalves Departamento de Odontopediatria e Orotodontia, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.29327/244963.7.1-8

Palavras-chave:

Cárie Dentária; Dieta Cariogênica; Pré-Escolar; Saúde Pública

Resumo

Avaliaram-se possíveis preditores para a cárie dentária em pré-escolares sem experiência odontológica prévia, que buscaram a clínica de odontopediatria de uma universidade pública. Analisaram-se 191 prontuários, dos quais 87 foram incluídos. Coletaram-se
dados demográficos, socioeconômicos, histórico de cárie da mãe, orientação prévia sobre cárie, frequência de escovação, uso de dentifrício fluoretado, consumo de doces/biscoitos e/ou líquidos açucarados, ceo-d e a presença ou ausência de defeitos de desenvolvimento do esmalte. Análises descritivas e de regressão logística binária foram realizadas para investigar quais variáveis prediziam um ceod>0. O modelo múltiplo incluiu consumo de doces/biscoitos, dados socioeconômicos, histórico de cárie na mãe e orientação prévia sobre cárie. Das crianças (2,69±1,18 anos), a maioria (67,8%) apresentava ceod>0 (3,78±3,82), sendo 50,6% meninas e 73,3% da classe baixa. A maioria
(56,5%) das mães tinha 12 anos de estudos completos, histórico de cárie (78,6%) e receberam orientação prévia sobre cárie (52,9%). A maior parte (80,6%) escova os dentes pelo menos 2 vezes ao dia, utiliza dentifrício fluoretado (75,9%) e consome líquidos
açucarados (90,8%), além de doces/biscoitos (86,9%) entre as refeições. Pertencer à classe baixa aumentou em 7 vezes a chance de ceod>0 (OR=7,354; IC 95%=1,951-27,723), histórico de cárie na mãe em 4 vezes (OR=4,131; IC 95%=1,042-16,369) e consumo de doces/biscoitos em quase 2 vezes (OR=1,786; IC 95%=1,072-2,976). Classe econômica
baixa, histórico de cárie da mãe e consumo de doces/biscoitos entre as refeições mostraram-se fatores associados ao ceod>0 nos pacientes sem experiência prévia odontológica de uma clínica de odontopediatria de uma universidade pública.

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Publicado

2022-07-08

Edição

Seção

Artigos