HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA AUTORRELATADA EM PACIENTES ATENDIDOS NO CURSO DE ODONTOLOGIA DA UNIGRANRIO E SUA RELAÇÃO COM PARÂMETROS PERIODONTAIS E CPOD

Resumo

Objetivo: Avaliar a frequência de hipertensão arterial sistêmica e sua associação com parâmetros periodontais e do índice de dentes cariados, perdidos, obturados (CPOD)
em indivíduos atendidos na clínica do Curso de Odontologia da Unigranrio. Materiais e métodos: Noventa e cinco indivíduos de ambos os sexos foram incluídos no estudo entre março e maio de 2021. Os participantes responderam a questionários
anamnésicos, tiveram sua pressão arterial sistêmica aferida e foram examinados para obtenção do índice CPOD e de parâmetros periodontais. Resultados: A frequência de
hipertensão arterial sistêmica na população estudada foi 23,15%. Em pacientes com periodontite, essa prevalência foi 27%, e, em pacientes com gengivite, 19%. Pacientes com periodontite tiveram médias superiores de pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) comparado ao grupo com gengivite (p<0,0001). Foram identificadas correlações significativas positivas entre PAS e bolsas periodontais moderadas
(rho=0,356) e profundas (rho=0,342), perda de inserção avançada (rho=0,538), CPOD (rho=0,365) e quantidade de dentes ausentes (rho=0,477), p < 0,001. A PAD apresentou correlações significativas (p < 0,001) positivas com bolsas periodontais moderadas (rho=0,331) e profundas (rho=0,283), perda de inserção avançada (rho=0,465), CPOD
(rho=0,361) e dentes ausentes (rho=0,348). Conclusões: A frequência de hipertensão arterial sistêmica autorrelatada é relativamente alta na população estudada e, em especialmente, dentre as pessoas com periodontite. Pressão arterial sistólica e diastólica são correlacionadas positivamente com parâmetros periodontais indicadores de severidade de doença, assim como piores escores do CPOD.