FLUOROSE POR INGESTÃO VOLUNTÁRIA DE PASTA FLUORETADA APÓS OS 5 ANOS DE IDADE: RELATO DE CASO E DISCUSSÃO DA IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE BUCAL NA 1A INFÂNCIA
DOI:
https://doi.org/10.29327/244963.6.3-12Palavras-chave:
Fluorose Dentária, Dentifrícios, FluoretosResumo
Introdução: Preocupações com a ingestão de pasta fluoretada por crianças se limita à primeira infância devido ao risco de fluorose nos dentes permanentes anteriores, mas o processo educativo para garantir uma segurança para toda a dentição tem sido negligenciado. Objetivo: Relatar um caso de fluorose dentaria em dentes caninos, pré-molares e 2o molares por ingestão voluntária de pasta fluoretada Relato do caso: Paciente de 12 anos, 65 kg, procurou atendimento odontológico devido a insatisfação com a coloração dos dentes posteriores. Constatou-se que os dentes caninos, pré-molares e segundo molares, superiores e inferiores apresentavam opacidades tipo fluoróticas, estando os demais normais. Entre as possíveis causas, a principal recaiu sobre o modo que a criança passou a escovar os dentes após os 5 anos de idade. Foi relatado que ela voluntariamente escovava seus dentes 6x/dia sem cuspir. Foram feitas análises da concentração de fluoreto da água consumida pela paciente e nas pastas usadas. Também foi feito teste de excreção de fluoreto urinário pela paciente, solicitando para ela escovar os dentes cuspindo ou engolindo toda a pasta em uso. Resultados: Na água foi encontrado 0,74 mg F/L e nas pastas usadas 1.357 e 1.426 mg F solúvel/ kg. Na urina foi encontrado 0,90 e 1,35 mg F, respectivamente, cuspindo ou engolindo a pasta após as escovações. Foi estimado que a partir dos 5 anos de idade, a criança se submeteu à dose de 0,17 mg F/dia/kg de peso corpóreo, a qual é 2,4 vezes maior que o limite superior de risco de fluorose. Conclusão: O caso relatado sugere ser uma consequência de falha do processo de educação em saúde na 1a infância quanto ao uso racional de dentifrício fluoretado.
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