MÚLTIPLAS LESÕES DENTÁRIAS EM PACIENTE COM SÍNDROME DE LENNOX-GASTAUT

Autores

  • Carolina Maschietto Puccineli Departamento de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Peto, Universidade de São Paulo - USP, São Paulo, Brasil
  • Lisa Danielly Curcino Araujo Departamento de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Peto, Universidade de São Paulo - USP, São Paulo, Brasil
  • Arthur Cunha da Silva Departamento de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Peto, Universidade de São Paulo - USP, São Paulo, Brasil
  • Mariana Oliveira Daltoé Departamento de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Peto, Universidade de São Paulo - USP, São Paulo, Brasil
  • Heloisa Aparecida Orsini Vieira Departamento de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Peto, Universidade de São Paulo - USP, São Paulo, Brasil
  • Paulo Nelson-Filho Departamento de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Peto, Universidade de São Paulo - USP, São Paulo, Brasil
  • Raquel Assed Bezerra da Silva Departamento de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Peto, Universidade de São Paulo - USP, São Paulo, Brasil
  • Alexandra Mussolino de Queiróz Departamento de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Peto, Universidade de São Paulo - USP, São Paulo, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.29327/244963.6.1-6

Palavras-chave:

Síndrome de Lennox Gastaut, Agenesia, Atendimento odontológico, Lesões dentárias

Resumo

Introdução: A Síndrome de Lennox-Gastaut (SLG) é uma encefalopatia epiléptica grave na infância. Seu tratamento é complexo, principalmente devido à multiplicidade das crises epilépticas, o que favorece à ocorrência de lesões dentais Objetivo: O objetivo deste relato é apresentar o manejo clínico de um paciente com SLG, vítima de traumas recorrentes, discutir os achados dentais observados e o tratamento odontológico realizado. Relato do caso: Paciente L.H.D.L., do sexo masculino, com 15 anos de idade, apresentando grande acúmulo de biofilme dental, alto risco de cárie, fluorose leve e gengivite generalizada. Clinicamente foi possível observar fratura de esmalte dos dentes 12 e 14. Os dentes 21, 22, 32 e 42 estavam ausentes clinicamente, o que se confirmou radiograficamente. Além disso, notou-se giroversão de 180 graus do dente 11, com a face palatina voltada para a vestibular. O dente apresentou-se com leve alteração de cor, mas com resposta positiva aos testes de vitalidade. Resultados: Técnicas de manejo de comportamental, foram adotadas e orientações quanto à higiene bucal e dietéticas foram fornecidas tanto ao paciente quanto ao seu cuidador. Quatro sessões de profilaxia e aplicação tópica de flúor foram realizadas semanalmente. O tratamento endodôntico foi realizado no dente 12, seguido da restauração de resina composta do dente 12 e 14 e a restauração estética do dente 11 (girovertido). Por fim, foi realizada uma prótese adesiva para restaurar a estética da região de incisivo central superior. Apesar das dificuldades para tratar pacientes com SLG, no presente caso foi possível obter resultados funcionais e estéticos satisfatórios com um diagnóstico e tratamento cuidadoso, envolvendo uma equipe multiprofissional treinada no atendimento de pacientes com necessidades especiais. Conclusão: Pode-se concluir que o cirurgião dentista deve estar familiarizado com as possíveis manifestações bucais da SLG e realizar uma pesquisa criteriosa de sinais de traumatismo dental e, sempre que possível, solicitar um exame radiográfico para que traumatismos não identificados ao exame clínico não passem desapercebidos.

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Publicado

2021-04-30

Edição

Seção

Relato de Caso